CINQUE TERRE | K A R K O V A

CINQUE TERRE




As Cinque Terre estavam na minha bucketlist desde que me lembro de ter uma bucketlist. As casas coloridas todas encavalitadas numa escarpa à beira mar faz muito o meu género e delicia-me na criação de imagens. 
A maior intenção que tinha nesta viagem era disfrutar de paraísos europeus fora da época alta. Dois pontos a favor: menos gente, preços mais baixos. Se nalguns sítios a técnica resultou, noutros nem tanto. Santorini, por exemplo, estava lotado e Cinque Terre não se ficou nada atrás. A minha sensação em lugares saturados de gente é semelhante, em qualquer parte do mundo, fico sem energia e com pouca paciência.

A nossa odisseia começou ainda em Florença quando começámos a procurar um hostel para ficar. Em qualquer uma das vilas estava complicado. A maioria dos lugares ou era demasiado caro ou estava lotado (com vagas só apartir de Junho e estávamos no inicio de Maio). Acrobatas como somos, tentámos alguns planos para mantermo-nos dentro do orçamento e Airbnb foi o salvador. Não um salvador espetacular porque ultrapassámos o orçamento na mesma mas não ficámos na rua.

É fácil fazer as Cinque Terre num dia, no entanto, não é recomendável para o slow traveler.
O nosso airbnb ficava em Sarzana, uma pequena cidade a cerca de 50 minutos de La Spezia (de comboio). Ficámos no airbnb mais acolhedor do mundo com uma super mãe italiana que nos tratou como filhas. Foi nos buscar e levar ao comboio sempre que precisámos, fez-nos o pequeno almoço e na noite que chegámos, completamente derrotadas, deixou-nos à vontade no estúdio e voltou para desligar as luzes e desejar boa-noite. 

Na manhã seguinte começámos a aventura bem cedo, de maneira a conseguirmos visitar todas as vilas e voltarmos à nossa favorita no final.

Como só íamos ficar um dia, comprámos o Cinque Terre Treno MS Card por 16€ e não tivemos de nos preocupar mais com os bilhetes de comboio. Comprámos na estação de La Spezia, na hora e apesar da fila grande fomos atendidas rapidamente. Desta estação até à primeira vila - Riomaggiore - são cerca de 8 minutos. Prontíssimas para explorar.

Património da Unesco desde 1997, as Cinque Terre, quase desapareceram em 2011 devido a uma cheia e a um consequente deslizamento de terras. Inclusive uma das trilhas mais famosas Via dell’Amore entre Riomaggiore - Vernazza está fechada até hoje. Felizmente, a zona conseguiu recuperar-se e continua a ser um dos destinos mais badalados de Itália. Mas há imagem de Machu Picchu, querem conter o número de visitantes diários, devido à degradação do Parque Nacional.

Percorrémos as terres, de comboio- em Corniglia apanhámos o bus que nos leva da estação ao centro da vila e vice-versa-. Nós estávamos cansadas e 360 degraus não dava para as nossas pernas. Até eu, a mulher das caminhadas, disse Vamos de bus.

Para um dia de início de Maio estava bastante calor, o ambiente começou a ficar tenso quando nas estações de comboio começou-se a amontoar gente e mais gente (de onde é que vinha tanta gente?) e os comboios não chegavam para a demanda. Senti-me em Hong Kong, em plena hora de ponta, até os asiáticos usavam as suas técnicas de cabe sempre mais um - basicamente, andam para trás e conseguem-se ''arrumar'' entre as pessoas.

Quando conseguimos nos safar daquela situação respirámos de alívio mas, confesso, que não conseguimos aproveitar e disfrutar da nossa passagem pelas Cinque Terre. A quantidade de gente era inacreditável, parecia que estávamos num festival de Verão.

 Ao fim da tarde, e depois das tours se irem embora, conseguimos aproveitar o pôr-do-sol em Riomaggiore e Manarola. Não consigo dizer a minha preferida mas talvez Riomaggiore - apesar de ter adorado a vista do lookout de Manarola e a vibe de Vernazza.
A favorita da Catarina foi Corniglia e ambas não achámos muita piada a Monterosso al Mare, apesar de termos almoçado uma pizza de anchovas incrível.

Apesar disto, confesso que voltar está nos meus planos. Ou numa altura mais invernosa ou ficar hospedada nalguma delas e aproveitar o início de o final do dia, onde realmente há muito menos gente e ficamos mais tranquilos. Para além disso é um spot incrível para quem gosta de fotografia e a comida, como em todo o país, é muito boa. 




























































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