
Dubrovnik tem séculos de história, foi casa de vários povos e palco de muitos conflitos. Fez parte das principais rotas marítimas e até foi independente. Tremeu com terramotos e bombas, só durante a 2ª Guerra Mundial caíram sobre a cidade mais de 2000 bombas e mísseis.
Apesar de tudo, Dubrovnik conseguiu sempre reerguer-se e manter a sua boa energia, sendo hoje Património Mundial da Unesco e um dos lugares mais conhecidos/apetecidos da Croácia.
Os preços praticados em Dubrovnik e na Croácia em geral não eram animadores para o nosso budget, apesar de estarmos em época considerada baixa. Depois de uma exaustiva pesquisa encontrámos um lugar na parte alta da cidade (mas a uma distância caminhável do centro) com uma vista espectacular como o próprio nome indicava: Magnificient View Hostel.
Confirmo, a vista é linda e a dona da casa é um amor.
Quando chegámos, orientámo-nos com o mapa offline e este informou-nos que nos encontrávamos a cerca de 1,5km do nosso hostel por isso pensámos que caminhar era um bom plano. Não era. Aliás, até seria se o caminho não fosse todo subidas íngremes ou escadarias infinitas. Mas foi um sacrifício chegar lá cima e a mochila não ajudou em nada. A meio do caminho conhecemos uma chilena, a Pamela, que estava pior que nós. Duas mochilas enormes mais um saco. Quando a vimos comentámos que iríamos para o mesmo lugar, perguntámos-lhe e fomos todas juntas. Quando chegámos percebemos que havia uma maneira muuuuito mais simples de lá chegar. Como sempre.
Largámos as mochilas e respirámos fundo.
Refeitas do caminho fomos em direcção à cidade de pedra protegida pelas muralhas.
Entrámos por uma das principais entradas da cidade, o Portão Pile e encontrámos a Fonte de Onofre que fazia parte do sistema de abastecimento de água da cidade. Do lado esquerdo é a escada que dá acesso às muralhas e caminhar pela parte mais alta. Esta zona é paga.
Percorremos a Stradun, a rua principal, até chegarmos à Igreja de São Brás, à Catedral de Dubrovnik e à Torre do Relógio. Incrivelmente, estava tudo como me lembrava. Com menos gente.
Seguimos pelas ruas e chegámos ao porto, de onde saem os barcos para as ilhas vizinhas. O tempo estava feio e frio por isso não equacionámos um passeio de barco.
Contornámos as muralhas e continuamos a subir apreciando as vistas sobre a cidade.
É mesmo bonita mesmo com tempo feio.
Voltámos à Old Town e, desta vez, já com a noite a cair, perdemo-nos pelas ruelas à procura de um restaurante barato para jantarmos. Tarefa difícil naquelas bandas já que os preços são médios, cerca de 15 euros por pessoa. Acabámos por jantar uma pizza numa esplanada numa rua apertada.
Dubrovnik tem um encanto tremendo. A primeira vez que lá fui era pleno Agosto e tudo vibrava, muita gente, muito calor, muito barulho. Agora, fui em Abril (que se revelou águas mil) bastante mais calmo, com chuva mas vibrante na mesma, à sua maneira.
É um lugar que apaixona com todos os seus cantos e recantos, com todos os seus segredos guardados na pedra. É, sem dúvida, para voltar.
No dia seguinte partimos para Kotor em Montenegro.































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i heart you.
K.