
A minha viagem por terras indonésias foi muito espiritual e intensa.
Contar-vos-ei tudo neste e nos próximos posts.
Depois de uma longa viagem entre Manila- Kuala Lumpur, cheguei a Jakarta morta da vida. Lembrei-me das dicas que recebi e no aeroporto apanhei um táxi azul (a companhia chama-se Bluebird e é de confiança, barato e de taxímetro ligado, um luxo ahah- mas atenção que há cada vez mais táxis com esta cor é preciso ter atenção à companhia). A Bruna, a portuguesa que conheci nas Filipinas, esperava-me no hostel para começarmos a nossa aventura de um mês.
Ficámos um dia em Jakarta a encaixar a viagem e na noite seguinte viajámos para Yogyakarta.
Chegámos às 2 da manhã e tivemos pelo menos uma hora num enredo até chegarmos ao hostel. Os taxistas tentavam-nos cobrar o triplo do valor da viagem e nós sem internet para chamar um grabtaxi (é uma app do género da uber muito utilizada na Ásia). Começámos a andar e vimos um posto da polícia, perguntámos se tinham internet e pedimos a password (grande lata a das meninas) e explicámos o que estava a acontecer. Os policias foram parar táxis e tentavam convencê-los a nos levar pelo valor justo mas nada feito. Quando os policias já se estavam a preparar para nos levar ao nosso hostel (ahahah) apareceu um taxista que aceitou as nossas humildes rupias. A barracada não acabou aqui e o nosso hostel que se dizia recepção 24horas estava fechado. Decidimos caminhar um bocado e encontrámos um, que efectivamente tinha recepção 24 horas, mas estava cheio. Pela internet encontrámos outro e fomos lá ter. Às quatro da manhã andávamos em ruelas, cheias de mochilas completamente perdidas mas lá chegámos ao hotel e deram-nos um quarto.
Na manhã seguinte, tivemos de mudar de quarto e aqui começou a aventura. O hotel era super estranho, estilo colonial, com uma figura de cera de uma mulher que apesar de ter perguntado várias vezes não consegui entender quem era. E só vos digo: ME-DO.
Alugámos uma mota para explorar a cidade nessa tarde e para no outro dia irmos até Borobudur, o maior complexo budista do mundo.
Yogyakarta é o centro cultural de artes tradicionais de Java e uma cidade estudantil.
É criativa mas com uma energia estranha. Tentámos visitar os principais monumentos da cidade mas já estavam fechados (o museu fecha às 13h30). Por isso caminhámos na zona circundante.
Yogyakarta é o centro cultural de artes tradicionais de Java e uma cidade estudantil.
É criativa mas com uma energia estranha. Tentámos visitar os principais monumentos da cidade mas já estavam fechados (o museu fecha às 13h30). Por isso caminhámos na zona circundante.
Nessa noite, voltámos para o hotel cedo para arrumarmos tudo porque partiríamos bem cedo para o templo, a cerca de 40km da cidade. O plano era ver o nascer do sol.
Mas a noite tinha outros planos para nós e passamo-la em branco. Parecia que estávamos num filme de fantasmas, sentir que não estávamos só as duas no quarto, as baterias da câmara estarem carregadas e não aguentarem dois minutos. Aterrador.
Por volta das 4 da manhã, descemos para irmos para o templo e com as caras-monstras que tínhamos perguntámos ao recepcionista se alguém tinha comentado acerca de fantasmas. Deliraram com a ideia, disseram que nunca ninguém tinha falado sobre isso mas que era óptimo.
Eu estava que nem podia e aqueles tipos estavam malucos com a ideia (ou seria com as rupias que poderiam vir a lucrar com aquilo?)
Completamente eléctricas fizemo-nos à estrada e o caminho fez-se sem grandes sobressaltos.
Quando lá chegámos dirigimo-nos ao hotel onde se entra para ver o nascer do sol. Mas pediram-nos 20 euros. 20 euros. Metade do meu budget diário. O céu estava cheio de nuvens e faltava 30 minutos para a entrada principal abrir então decidimos esperar. Quando chegámos lá cima a neblina mantinha-se e o dia estava ensonado. Tal como nós.
Foi dos monumentos mais incríveis em que já estive. A energia é forte mas serena, a paisagem é imaculada. Pouco se sabe acerca da sua construção, o porquê de estar no meio da selva, não conseguem ligar as imagens à história da ilha de Java, que agora é muçulmana. É o maior complexo budista no mundo e foi encontrado em 1814 pelos ingleses. A construção do templo representa a filosofia budista de que o universo está dividido em três partes. O topo, onde estão as estupas que cobrem estátuas de Buda, significa a conexão da terra com o divino, o alcance do nirvana.
Observámos e assimilámos os detalhes, percorremos os corredores, sentimos o frio da pedra e o sol a aquecer. Fomos abordadas pelos miúdos da escola, que se deslocam até ao templo para praticar inglês com os estrangeiros que lá param. Dei o meu melhor para responder a tudo e manter uma conversa (ainda hoje, troco emails com a miúda) mas o sono começou a falar mais alto. E cada vez mais lentas, explorámos mais.
Dizem que quem consegue tocar no braço das estátuas dos Budas que estão dentro das estupas é uma pessoa de sorte e pode pedir um desejo. Ainda assombrada decidi que era uma boa oportunidade para pedir sorte (nunca é de mais). Fui toda contente meter o braço e consegui tocar mas nesse momento senti algo a ir contra o meu braço. Dei um pulo e um grito, olhando com cara de pânico para a Bruna. Ela disse-me: a fantasma veio atrás de nós. E rimos. Continuamos a andar e quando vou tirar o kimono que tinha vestido salta-me um lagarto maior que a minha mão. Estava em maré de sorte, está visto.
Bateram as 10h30 da manhã e já tinhamos percorrido todo o complexo, encontrado elefantes (e ter feito a festa até repararmos que estavam amarrados- grrrrrr-) e apanhado uma chuvada.
Hora de voltar para Yogyakarta e dormir um bocado antes de apanharmos o voo para Bali.
xxx
Mas a noite tinha outros planos para nós e passamo-la em branco. Parecia que estávamos num filme de fantasmas, sentir que não estávamos só as duas no quarto, as baterias da câmara estarem carregadas e não aguentarem dois minutos. Aterrador.
Por volta das 4 da manhã, descemos para irmos para o templo e com as caras-monstras que tínhamos perguntámos ao recepcionista se alguém tinha comentado acerca de fantasmas. Deliraram com a ideia, disseram que nunca ninguém tinha falado sobre isso mas que era óptimo.
Eu estava que nem podia e aqueles tipos estavam malucos com a ideia (ou seria com as rupias que poderiam vir a lucrar com aquilo?)
Completamente eléctricas fizemo-nos à estrada e o caminho fez-se sem grandes sobressaltos.
Quando lá chegámos dirigimo-nos ao hotel onde se entra para ver o nascer do sol. Mas pediram-nos 20 euros. 20 euros. Metade do meu budget diário. O céu estava cheio de nuvens e faltava 30 minutos para a entrada principal abrir então decidimos esperar. Quando chegámos lá cima a neblina mantinha-se e o dia estava ensonado. Tal como nós.
Foi dos monumentos mais incríveis em que já estive. A energia é forte mas serena, a paisagem é imaculada. Pouco se sabe acerca da sua construção, o porquê de estar no meio da selva, não conseguem ligar as imagens à história da ilha de Java, que agora é muçulmana. É o maior complexo budista no mundo e foi encontrado em 1814 pelos ingleses. A construção do templo representa a filosofia budista de que o universo está dividido em três partes. O topo, onde estão as estupas que cobrem estátuas de Buda, significa a conexão da terra com o divino, o alcance do nirvana.
Observámos e assimilámos os detalhes, percorremos os corredores, sentimos o frio da pedra e o sol a aquecer. Fomos abordadas pelos miúdos da escola, que se deslocam até ao templo para praticar inglês com os estrangeiros que lá param. Dei o meu melhor para responder a tudo e manter uma conversa (ainda hoje, troco emails com a miúda) mas o sono começou a falar mais alto. E cada vez mais lentas, explorámos mais.
Dizem que quem consegue tocar no braço das estátuas dos Budas que estão dentro das estupas é uma pessoa de sorte e pode pedir um desejo. Ainda assombrada decidi que era uma boa oportunidade para pedir sorte (nunca é de mais). Fui toda contente meter o braço e consegui tocar mas nesse momento senti algo a ir contra o meu braço. Dei um pulo e um grito, olhando com cara de pânico para a Bruna. Ela disse-me: a fantasma veio atrás de nós. E rimos. Continuamos a andar e quando vou tirar o kimono que tinha vestido salta-me um lagarto maior que a minha mão. Estava em maré de sorte, está visto.
Bateram as 10h30 da manhã e já tinhamos percorrido todo o complexo, encontrado elefantes (e ter feito a festa até repararmos que estavam amarrados- grrrrrr-) e apanhado uma chuvada.
Hora de voltar para Yogyakarta e dormir um bocado antes de apanharmos o voo para Bali.
xxx











































é sem dúvida dos templos mais bonitos que já visitei....e com uma energia fora do normal :D
ResponderEliminarFora de série meeeesmo, tanto o templo como a energia. beijinhos Flash
EliminarQue sítios liindos com que nem sonhamos existirem! É para visitar!
ResponderEliminarAutomatic Destiny
Fascinante, em estar num sitiou repleto de emoções. Boas odisseias...
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