Depois da primeira last minute road trip fiquei com o bichinho de ir mais longe. Mas agora tinha de ser um bocadinho mais de tempo, 48 horas não chegavam mas já adormecia o bichinho. Por isso e como não tinha a opção de mais tempo, ficou assim.
Gibraltar e Granada eram as paragens.
A primeira porque tinha curiosidade e a segunda porque era um sítio que há muito queria conhecer.
A viagem para lá fez-se sem grandes sobressaltos e chegámos a Gibraltar há hora de almoço. Passámos a fronteira e de repente estamos em Inglaterra, acho que é essa parte que tem piada, ainda para mais a entrada faz-se pela pista do aeroporto.
Uma pequena Inglaterra no meio de Espanha. Não faltam os autocarros encarnados, as cabines telefónicas, os polícias vestidos a rigor, língua inglesa, a libra (e os preços super inflacionados em euros). A diferença é o sol, ali há sol que se farta.

Uma pequena Inglaterra no meio de Espanha. Não faltam os autocarros encarnados, as cabines telefónicas, os polícias vestidos a rigor, língua inglesa, a libra (e os preços super inflacionados em euros). A diferença é o sol, ali há sol que se farta.

Disseram-me que era um lugar sem grande coisa para ver, nada de especial. Eu adorei, achei um sítio mesmo giro para passear e a vista lá de cima é incrível. É o único lugar na Europa que tem macacos selvagens, a lembrar a minha querida Ásia, e dá para ver o continente africano. É um ponto estratégico e a divisão natural entre o Oceano Atlântico e o Mar Mediterrâneo.
É no Europe Point que, em dias de céu limpo, se consegue ver o continente africano. Tivemos sorte, o céu estava limpo mas a visibilidade não era a melhor. Apesar disso conseguimos ver África.
Adoro visitar igrejas, mesquitas, mosteiros, estupas. E ali mesmo, virado para África estava a brilhar uma mesquita que foi oferecida pelo Rei Fahad Al- Saud da Arábia Saudita em 1997 e quis ir dar uma vista de olhos. Não é magnifica, aliás depois da Sheikh Zayed Gran Mosque em Abu Dhabi qualquer uma fica aquém, mas os tons esverdeados dão-lhe pinta.
Demos a volta ao Rochedo à beira mar e passámos por dois túneis cavados na pedra até chegarmos ao centro da cidade. Decidimos que a subida seria de teleférico e não de carro. Assim podíamos usufruir da paisagem.
Lá em cima a paisagem é de tirar o fôlego, literalmente. Decidimos ir a uma ponte que estava a meio do Rochedo. Para voltar lá cima para apanhar o teleférico tivemos de subir um sem número de escadas que se não fossem tão regulares eu equiparava-as à imensa escadaria em Machu Picchu. Resumindo, ia morrendo.
Mas valeu a pena, a paisagem, a gruta (que com tanta luz colorida parece uma sala de espectáculos), a ponte e até os macacos da Berberia. Eu que até não sou fã de macacos (só orangotangos aha) achei que estes tinham pinta, mas mantive-me afastada não fosse o diabo tecê-las.
Para acabar em beleza só me faltava carimbar o passaporte, apesar de ser um carimbo turístico é possível fazê-lo no posto de turismo na cidade. Quando íamos a descer no teleférico tivemos a certeza que não íamos ter o passaporte carimbado de maneira nenhuma. Tínhamos o carro bloqueado!! Ou seja, o único souvenir que trouxe de Gibraltar foi mesmo uma multinha.
Resolvido o problema seguimos caminho para Granada.
Parámos para comer mas a confusão foi tão grande que atrasámos-nos três horas a chegar ao destino final. Resultado: nada de hostel. À pressão, em véspera de feriado e à meia noite à procura de um sítio barato onde ficar. Acabou tudo por se resolver, como sempre, mas quando me deitei na cama morri para a vida.
Na manhã seguinte, estava pronta para explorar a cidade, mas quando saí à rua estava a chover. Era feriado e os horários das visitas eram diferentes do normal. Fui ao Ayuntamiento buscar os cartões de Granada, com as entradas para os principais monumentos que comprei à priori.
*Para visitar Alhambra é bom comprar as entradas pela internet o quanto antes, eu comprei com duas semanas de antecedência e só arranjei visita para Alhambra às 19h*
E começamos a explorar. Primeiro a Catedral, depois o Mosteiro de São Jerónimo, comemos paella (que não estava nada de especial), deambulámos pelas ruas, fomos à Alcaiceria (antigo bazaar dos árabes que agora é um corredor de lojas marroquinas), explorámos os labirintos da Generalife, apreciámos a vista desde Alhambra e desfrutamos dos pormenores árabes nos lindos Palácios Nazaríes.
Tive pena de não explorar os bairros da cidade. Por isso quando voltar será mais tempo, porque esta cidade de sonhadores tem tudo para nos demorarmos por lá.
A luz estava péssima para fotografias, de todas as maneiras, depois de revelar os rolos se arranjar umas porreiras eu faço um analogue diaries :)
para mais fotografias sigam-me no instagram
beijinhos
Adorei*
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