mochilão #5 // ILHA GRANDE :: PARATY | K A R K O V A

mochilão #5 // ILHA GRANDE :: PARATY



Depois da desilusão de Búzios, pensei que a América do Sul tinha sido uma péssima ideia e devia ter ido para as águas quentinhas da Ásia. Mas quando entrei no barco para a Ilha Grande algo me disse que talvez pudesse mudar o meu sentimento pesado em relação a tudo. Assim que cheguei comecei à procura de um hostel barato para largar a mochila e voar para a praia enquanto rezava para que a água fosse mais quentinha. Negociei um quarto numa pousada e continuei a rezar a todos os santos que conheço, de todas as religiões. BINGO. A água era quentinha (atenção, nada como a ásia) e estava um fim de tarde fantástico. Perfeito! 
Olá brasil, olá américa do sul.

Ao falar com o Tiago, o dono da pousada, fiquei a saber que só ao fazer uma tour - volta à ilha - é que conseguia ir às praias mais bonitas. Mas que podia fazer o trekking de duas horas na selva para chegar à praia, à melhor de todas e a mais paradisíaca, Lopes Mendes. Na manhã seguinte acordei tarde e apanhei um táxi-boat para a praia e em vez das duas/três horas de caminhada reduzi para 20 minutos. Caminhei numa selva cheia de macaquinhos nas árvores e mosquitos. Valeu a pena quando cheguei à praia. Areal gigante, areia branca e fina, mar azul-lindo, palmeiras em vez de chapéus. Caminhei outros vinte minutos com os pés dentro de água até escolher o meu spot. Muito bom!! Ao fim da tarde voltei para o hostel, fui comer crepes com limão e açúcar (remember cambodja, hahah) e comprar a tal tour para o dia seguinte conhecer os spots mais incríveis da Ilha Grande. 





Esta ilha encantou-me com o seu jeito calmo e fiquei com a certeza que a minha cena são mesmo praias paradisíacas. Foram uns dias a nadar em águas incríveis, em praias lindas de morrer mas ainda não foi desta que tive um encontro aquático com tartarugas! O snorkeling também foi bastante fraquinho.
Conheci gente maravilhosa e até me queriam vender um barco ahah. Para acabar em beleza, fui a uma festa bastante badalada. Caipirinhas x música brasileira. Mas acabou em beleza não pela festa em si mas pelo caminho a voltar para o hostel - sempre ouvi dizer que a felicidade era um caminho não um destino. A ilha não tem estradas, são caminhos de areia. A luz era pouca e de vez em quando apareciam-me uns caranguejos de pinças no ar com vontade de lutar. Mas a minha felicidade não estava na areia, estava no céu. Quando olhei para cima vi o céu mais estrelado e íncrível que alguma vez vi na vida. E foi um nirvana daqueles! Não tenho fotos, só imagens na minha cabeça e no coração. Sabem a sensação de felicidade tão grande que podiam rebentar? Se não rebentei andei lá perto. LINDO LINDO LINDO. 




Ainda estava no Rio quando encontrei um livro de bolso do famoso Amyr Klink – Entre o céu e o mar- que fala precisamente da fabulosa Ilha Grande, foi uma excelente companhia nos dias que lá estive.

Apesar de me sentir no paraíso, foi na viagem de ônibus de Angra dos Reis para Paraty que me senti em viagem. Sentei-me num banco com um brasileiro e fomos a falar sobre a zona e a vida durante muito tempo. Foi a segunda vez nesta viagem que me senti leve. Ainda nessa viagem conheci uma espanhola e uma alemã - completamente fãs de Portugal, fizeram erasmus em Lisboa - super boa onda e partilhámos ideias sobre lugares e coisas a fazer. Encontrei-as mais tarde na praia em Trindade.

Adorei Paraty, completa novela brasileira da minha infância. As ruas, as porcelanas, as cores espalhadas por janelas e portas. E Trindade!!! Oh Trindade. Uma pequena aldeia com uma vibe super cool, super hippie a 40 minutos de Paraty. Praias paradisíacas, com trilhas na selva e cachoeiras (que não alcancei). Por aqui perdi-me e deixei o tempo passar bem devagar, se pudesse tinha-o parado para que durasse uma eternidade.







Daqui apanhei um ônibus para São Paulo - onde estava a chover, onde me tentaram roubar o telemóvel, onde comi pão de queijo até rebentar, onde adormeci em cima da mochila (cheia de confiança) e onde o desespero das horas não passarem me levou a comprar havaianas (minimalista?! está na hora de rever alguns conceitos ahah) - onde tinha uma ligação para Iguaçu. 
Não tenho tantas fotografias para vos mostrar como queria pois já estavam guardadas no computador. 

As Cataratas merecem um post só para elas!

Beijinhos!

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3 comentários

  1. O teu blogue é provavelmente a melhor pagina da internet :)

    Obrigada por este post, adorei!

    xoxo

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    1. Aaaaw Sara!! Obrigada. Fico feliz que tenhas gostado :)

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  2. Imagens com alma, verdadeiramente inspiradoras.
    P.f. não desista do blogue!! :)
    Um beijinho,

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i heart you.

K.

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