10 dias neste país onde vivi os maiores contrastes da minha viagem.
Só estive em três lugares, um deles é secreto, por isso tudo o que escrever não será generalizado.
Chegámos à capital, Phonm Penh em dia de Khmer New Year e havia lixo por todo lado, ficámos num hostel com um rooftop brutal, onde passámos bons momentos, o problema foi mesmo os bed bugs, safou o facto de no Vietname termos comprado uns lençóis de seda e embrulhamo-nos naquilo.
Em Phonm Penh visitámos os Killing Fields, que são nada mais nada menos, os campos onde morreram milhares de cambodjanos às mãos de Pol Pot. A visita fez-se em silêncio, com os phones nos ouvidos a ouvir atentamente a história de todos os pontos por onde passávamos. Foi muito intenso e duro toda a visita.
Numa das noites quentes e para a despedida decidimos experimentar uma famosa receita cambodjana, comemos uma grande happy pizza e ficámos a rir durante horas.
A despedida foi triste, à entrada do hotel, a despachar para as lágrimas não cairem. O Rúben, o Jason e a Maria seguiram para norte e nós para sul.
~~
Vou manter secreto o nome da ilha onde estive, é mesmo o paraíso e descobri a sua existência através de outros viajantes.
À chegada, o nervoso apoderou-se dos nossos estômagos, a expectativa era tão alta que se algo corresse mal nunca mais seriamos as mesmas. Fomos recebidas com um brainstorming e um cocktail num bar, onde nos revelaram algumas dicas para nos safarmos na ilha.
Ficámos nuns bungalows sugeridos por uns argentinos que conhecemos.
O único problema era haver UMA ventoinha e não haver electricidade na maioria do tempo. Largámos as mochilas e voámos para dentro de água. Quando entrámos pareciamos umas autênticas crianças, a água era incrivelmente quente.
Estava oficialmente aberta a época das praias paradisiacas.
Foi mais que óptimo.
Barbecues de peixe e marisco a 5 dólares nos bares da praia, acordar e lavar a cara no mar, dias inteiros a pé descalço, descansar à sombra da palmeira nas redes, panquecas (perfeitas) de lima e açúcar.
E quando achávamos que não podia melhorar, alugámos um barco e fomos para o outro lado da ilha...
e ai encontrámos O PARAÍSO, quilómetros de areia branca e palmeiras completamente deserta. E ainda fomos presenteados com um pôr-do-sol lindissímo.
foi a praia mais bonita onde já estive até hoje, as imagens falam por si
O único senão da ilha é a lixeira onde os locais vivem, há uma parte explorada por estrangeiros e essa está impecável, a outra está terrível. Aliás, acho que os cambodjanos precisam urgentemente de aprender a lidar com o lixo.
quando tivémos de dizer adeus a este pequeno paraíso terreste deu-nos um aperto no coração, até porque iamos para siem reap e sabiamos que estava um calor de morte. Safava-nos o pensamento que dentro de uma semana estaríamos a desfilar nas praias do sul da tailândia.
ps: entretanto ficámos a saber que havia plânton!!! e nós que tinhamos a intenção de nadar com ele...há que voltar!!
~~
siem reap, outro lugar em que as expectativas estão elevadissímas.
chegámos a siem reap pela manhã depois de uma viagem agressiva (pelas estradas cambodjanas) num autocarro nocturno. Conhecemos o Quim (o nome real dele não é este..mas soava a Quim por isso baptizamo-lo) e combinámos que ele seria o nosso motorista os três dias que estariamos na cidade. Levava-nos aos templos e no último dia ao aeroporto.
Já estava um calor de morte às 9 da manhã então ficámos pelo hostel e combinámos que iriamos ver o famoso e muito amado pôr do sol em Angkor Wat.
repito que as expectativas estavam mais que elevadas.
Há hora combinada partimos em direcção às bilheteiras para comprar o passe de 3 dias. Chegámos a Angkor mesmo em cima da hora do sol ir embora, e foi A desilusão da minha viagem. Achava que era maior, mais imponente e mais limpo...
Não achei incrível e as fotografias ficaram muito melhores do que a realidade.
Não quis comentar a minha desilusão...mas foi geral.
O problema é das expectativas , como não ter expectativas muito altas em relação a lugares destes? É como Machu Picchu ou as pirâmides de Gizé ou a Amazónia.
Voltámos para o hostel e o amanhecer ficou marcado para o mesmo lugar, podiamos ter apanhado um dia mau. A desilusão permaneceu mais algum tempo, continuava a ser mais incrível nas fotos do que na realidade.
Dissipou-se por completo quando chegámos ao templo Bayon e mais tarde ao Ta Prohm.
Os nossos dias começavam às 4 da manhã porque às 11h já ninguém aguenta.

Também tivemos tempo de assistir a luta de macacos, morrer de calor, receber massagens a 3 dólares, morrer de calor,a bailar na pub street, fazer compras no night market e ficar com as pernas num estado lastimável (mais de duzentas picadas na perna direita).
Concluímos que deviamos ter ficado mais dois dias na ilha e visto os templos principais em Siem Reap num dia.
Já passou mais de um mês desde que estive no Cambodja e confesso que agora, à distância, já consigo ver mais coisas boas do que na altura.
dica importante como não sabiamos quanto tempo iriamos ficar no sul da tailândia decidimos entrar no país a voar. a viagem terrestre, para além de ser cansativa só nos daria 15 dias de visto ao invés dos 30 dias quando se entra por via area, compensa bem o preço que se paga. não se perde tempo e não é caro (+-50 euros comprando com pouca antecedência)
Que lugares lindíssimos! E as fotografias estão espectaculares!
ResponderEliminarhttp://indigo-lights.blogspot.pt/
Não sei se sabes, se sonhas ou se simplesmente tens noção do que vou dizer: mas a verdade é que os teus registos e os teus relatos fazem-me sonhar. Mais! Fazem-me vontade de concretizar o que sonho. Mala às costas e partir à aventura, durante um, dois, três meses. Sei que essa minha aventura, tão ansiada, está para breve. E sempre que me sinto a desmoralizar venho aqui; inspirar-me, buscar a minha força. Por isso, minha querida, obrigada pelas partilhas das fotografias mais bonitas de sempre, e pela descrição das tuas aventuras!
ResponderEliminarSara Cabido | Little Tiny Pieces of Me
Não me canso de ver estes teus reports sobre a tua viagem e em cada um colocar-me na tua pele. Não sei se teria coragem e força para aguentar isso tudo. Só os bichos já me passava. Mas ao mesmo tempo é tudo tão lindo, tão maravilhoso e tão aventureiro que apetece partir já amanhã :D
ResponderEliminarMinha doce,
ResponderEliminarContraste - é mesmo a palavra certa para o Cambodja. Tenho tanta vontade de voltar que nem sabes, é um dos sítios que me ficou no coração.
Quando disseste que foi uma desilusão, fiquei com pena por ti por não teres tido a mesma experiência que eu tive. Mas, agora que me lembro, eu nem sequer tirei fotografias decentes nesses primeiros templos, porque não me interessavam. Andei sempre a fugir para os outros, aqueles que me mantiveram calada durante todos os dias que lhes dediquei, coisa nada fácil nesta tagarela.
Acima de tudo, obrigada pela tua partilha, obrigada por me dares a oportunidade de poder voltar contigo a este sítio que faz parte das minhas lembranças. É que contrastes como estes fazem sentido para nos organizarmos na nossa constância.
P.S. Estou ansiosa que chegue Setembro para ir ter contigo a Lagos ;) O Fred já me prometeu!*
UAAAAAAAU! estou de queixo caído, simplesmente... que Paraíso! Fico tão feliz por teres vivido tudo isso! :)
ResponderEliminarUm beijo lindona! <3
Estou a planear a minha viagem à Tailandia e ao Cambodja, já li e re-li os teus posts em antecipação :)...fazem-me viajar mesmo em frente ao computador. Ansiosa pelo próximo post ;)
ResponderEliminar