No aeroporto conheci um tipo italiano que também estava de partida para Yangon. Deu-me muitas dicas para o sudeste asiático, de myanmar só falava na lagosta very cheap numas praias nada turísticas que um amigo lhe recomendara. O voo atrasou quase uma hora, é uma viagem muito curta mas perdi um dia inteiro. No lado birmanês a emigração foi rápida, levantei kyats em vez de trocar doláres, fui buscar a mala e esperei pelo italiano. Apanhámos um táxi para a downtown, a dividir ficou ''barato''. O meu hostel ficava perto e ele seguiu no táxi para o hotel. É importante sublinhar que o meu hostel ficava na little india da zona, já era de noite e lá me pus à procura do hostel. As crianças e as mulheres metiam-se comigo mas quando devolvia o sorriso e o minguhlaba ficavam todas excitadinhas, ahaha. Com a ajuda de uma rapariga encontrei o hostel. Limpo, branco e com um staff maravilhoso. Quando estava a levar a minha mochila para o quarto, o rapaz disse-me que era a primeira portuguesa a ficar naquele hostel, sabia lá ele que a portuguesa ia lhe dar dores de cabeça.
Estava super cansada mas pronta para ir dar uma volta pelas redondezas e comer antes de cair na cama quando reparei numa etiqueta na minha mochila com um nome masculino e o único cadeado que havia não era MEU. PÂNICO. Abri a mochila e confirmou-se a desgraça, não era minha. OH MEU BUDINHA!!!! Fui até à recepção pedir ajuda, havia um email, um nome e um telefone na etiqueta. Tentei aceder à internet e nada, ligava para o número e zero. Pedi para ligarem para o aeroporto para saber se a minha mochila estava lá. o site do aeroporto tem um número...que não é do aeroporto! Ligámos para a air asia e disseram que não estava. eu, louca, a mandar emails e mensagens para o facebook (quando mandei o primeiro email apareceu-me uma foto, cliquei e indicou me o facebook).
O rapaz da recepção disse para esperar até ao dia seguinte. WHAT? O meu plano era deixar Yangón na tarde seguinte. Peguei nas coisas e voltei ao aeroporto. Tentei falar com pessoas e ninguém falava inglês,até que descobri um escritório da air asia e fui lá pedir ajuda. Estava sentada no chão, no meio do aeroporto quando oiço: excuse me. olho para trás e tá um tipo com a minha mochila! cai para trás! não sabia se havia de chorar ou rir (a única coisa que sabia era que ainda me vou rir desta situação) não sabemos de quem foi a culpa mas qual era a probabilidade de num voo com cerca de 30 pessoas duas terem a mochila igual? E sou eu que tenho mochila de menino, ahah.
Disse-me que tava com um amigo e que iam voltar à downtown e se queria dividir táxi com eles, claro que quero. Vou a sair do aeroporto, toda suada, e digo: epa, where is my passport?, viraram-se para mim e disseram: tu tás a viajar sozinha? desmanchei-me a rir. era assim tão óbvio? eu a querer passar despercebida e só dou barraca. Lá encontrei o passaporte e viemos até à downtown a falar. São franceses, estão cá por 6 meses e começaram há duas semanas, deram me dicas para o norte da Tailândia, a única zona onde estiveram. Voltei ao hostel exausta mas muito aliviada, o rapaz da recepção ficou eufórico quando voltei com a minha mochila. O plano de ir conhecer a zona, comer e deixar Yangon no dia seguinte ardeu.
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Acordei com vontade de conhecer coisas novas.
Decidi ir até a um mercado nas redondezas e visitar a Shwedagon Pagoda. É absolutamente incrível e dourado. Pela primeira vez não queria estar a sozinha, queria partilhar aquilo com alguém. Durante a primeira meia hora não vi turistas. Depois encontrei um casal de suiços e partilhámos o momento.
Muitos monges, muitas monjas, que sonho gente. adoro-os.
Conheci a Hayley numa boa altura, estava a fritar a cabeça porque não sabia (e ninguém me conseguia ajudar) como chegar à Golden Rock. Ainda não sabia o nome dela já tinhamos combinado ir juntas, ela já tinha o bilhete de autocarro e ia me ajudar a comprar o meu. Convidou-me para voltar à Shwedagon Pagoda ao entardecer. Se de dia é lindo, ir ao fim da tarde é mágico.
As pessoas pediam para nos tirar fotografias, falámos com monges e monjas, fizemos rituais budistas. Que experiência arrebatadora.
Um dos monges quando soube que eu era portuguesa (o que parece que é uma novidade por aqui) apresentou-se como Ronaldo. Amiguinho, já foste. Tiras uma foto comigo que até apitas!
próxima paragem: Kinpun + Golden Rock
(parto hoje para Kalaw, num night bus, para fazer um trekking até ao Lago Inle depois sigo para Bagan. neste país ter internet é um bónus,quando conseguir carregar as fotos editarei o post)
beeeijos
Bem que grande susto! Fico á espera das fotos :D
ResponderEliminarA primeira vez que conheci um monge quase chorei de alegria. Imagino tu, aí sozinha :) Muito amor deste lado!
ResponderEliminarAdorei ler =)
ResponderEliminarUffff... Até eu fiquei de coração pequenino ao ler este post. Já valeu para contar mais uma história desta experiência! :)
ResponderEliminarFoste sozinha??Deve estar a ser uma experiência fantástica!!
ResponderEliminarHttp://styleloveandsushi.blogspot.com
deve ser tão bom ir sozinha e partilhar os momentos com outros turistas! faz-nos sentir tipo "faith in humanity restored" :P
ResponderEliminaressa da mala vai ser uma bela história para contar um dia eheheh
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ResponderEliminarEstou a adorar ler os teus posts, e a sentir uma pontinha de inveja (da próxima leva-me contigo =P)
ResponderEliminarWooow que incrível deve estar a ser essa viagem, sinto-me a vive-la enquanto vou lendo o que escreves e a imaginar. Que angustia esse episódio da mala, mas no fim até deu pra rir, que coincidência e sorte por encontrares de novo a tua mochila.
Continuação de boa viagem e aproveita ao máximo a experiência. Beijinhooos
Imagino o teu pânico com a mala, que situação terrível, mas tudo acabou bem :) e esse sítio é super bonito e que monges tão simpáticos :)*
ResponderEliminarok, entrei em semi panico ao ler, por isso nem quero imaginar estar no teu lugar! mas parece me que embora esse percalço, valeu toda a pena, deve ser mesmo uma experiencia unica e pra vida. ate me arrepiei com as fotos <3
ResponderEliminarhttp://rrriotdontdiet.blogspot.pt/