nirvana | K A R K O V A

nirvana



Conhecemos um pouco de Kalaw com o nosso guia, ele foi super prestável, visitámos umas grutas com centenas de budas e levou-nos a um mosteiro budista para assistir ao por-do-sol mais vermelho e incrivel que já vi. 




Na manhã seguinte partimos cedo numa pick-up até a um campo onde demos inicio ao nosso trekking. Ao longo de dois dias andámos cerca de 10 horas, passámos por lugares lindos e convivemos com a população local.  



No primeiro dia almoçámos com uma familia numa vila ,Knan Gar Nyi. Mais tarde fizemos outra pausa, noutra vila, Supen Inn, onde fomos presenteados com sorrisos pelas crianças. A parte mais intensa desta experiência foi o lugar onde pernoitámos. Um mosteiro budista, Way Gyi Myang Monastery. Chegámos pelo fim da tarde e fomos recebidos pelos monges.  Jantar à luz das velas com monges a assistir futebol europeu, um monge fazer-me uma cama, conversar sobre budismo e o turismo em myanmar. PRICELESS. Só o facto de estar no topo de uma montanha num mosteiro budista com monges deixou-me bastante emocionada. Uma das coisas que aprendi foi que há dois tipos de nirvana, o antes da morte e o depois da morte. O nirvana antes da morte é quando nos sentimos completamente felizes e gratos. Naquela noite atingi o nirvana. Agradeci a oportunidade, agradeci-me por não ter desistido, agradeci aos que estão comigo e aos que não estão, agradeci à mãe e ao pai (os meus mestres), agradeci ao avô, agradeci a todos os que são importantes para mim de alguma maneira, agradeci pelas pessoas que se cruzaram comigo nesta viagem e a fizeram mais rica, agradeci por estar ali. Estava tão feliz que quase chorei de alegria. 


Quando disse que gostava de partilhar aquele momento com algumas pessoas importantes para mim, perguntaram-me: Onde está a tua mãe? - Em Portugal. - Não. Ela está no teu coração, por isso está aqui também. Estás a partilhar com ela e com todos os que trazes no coração. 
Com esta calou-me. E, ao ver as coisas desta forma, a minha viagem tornou-se mais leve. 
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Na manhã seguinte descemos até ao lago. Toda a experiência foi muito intensa, tão intensa que ainda não a processei completamente. Ficámos num hotel em Nyaung Shwe (Inle Lake). Decidimos ir ao night market jantar e relaxar. Encontrámos um casal de espanhóis que ambas tinhamos encontrado em Bago, eles estavam com um italiano e um inglês e fomos até a um bar beber cervejas e aproveitar a noite quente (eu continuo a não beber cerveja, sorry guys). Voltámos para o hotel, que ainda ficava bastante longe, mas garantiram-nos que era seguro. Passei por mais de 50 cães, oh my buda! Há matilhas por todo o lado, eu só pensava devia ter levado a vacina contra a raiva. Na manhã seguinte fizemos uma tour pelo Lago. Aldeias flutuantes, mercados flutuantes, jardins flutuantes! Numa das paragens comprei um anel de metal e outro de prata. Voltámos ao hotel para apanhar a pick up que nos iria levar ao night bus para Bagan. Para nossa surpresa Tess, a espanhola, juntou-se a nós.







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8 comentários

  1. UAU...
    (continua a ter uma óptima viagem)

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  2. meu deus! só agora é que comecei a acompanhar a tua viagem e logo no primeiro post que vejo já estou parva... que vistas lindas! deve estar cá a ser uma experiência :))

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  3. Uma das coisas que mais me lembro dos monges é dessa capacidade de te espantarem com a simplicidade que julgamos quase inacessível. É tão bom :) *

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  4. as fotos são fantásticas mas as descrições ainda melhores! Ainda bem que estás a gostar :D

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  5. Fantástica experiência! Continuação de boa viagem.

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  6. Aquele teu relato sobre o nirvana quase que me fez chorar. A felicidade é isso mesmo, quase que consigo imaginar o teu sentimento..será mesmo a viagem da tua vida *

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i heart you.

K.

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