Eu tinha um plano para Bagan e quando o partilhei com Synke ela adorou. O meu plano era muito simples: acordar cedo, assistir ao nascer do sol, alugar uma bicicleta, templos, piscina, templos ao pôr-do-sol. Encontrámos uma super promoção para um duplo e marcámos. Com a Tess a se juntar a nós, pedimos uma cama extra e ficou ainda mais barato.
Na pick-up conhecemos uma brasileira, Priscila (finalmente posso falar português sem ser comigo) e ela ficou connosco. A viagem estava a correr normal, o autocarro não era nada mau (ok, o ar condicionado estava no máximo e eu só tinha uma camisa) até que acordei. Começo a sentir que algo não estava bem, estavamos numa estrada muito má a alta velocidade, até que o autocarro parou (sinceramente não sei como parou...podia ter sido pior). Olhei para a Synke e comentei que achava que tinhamos tido um furo. OH meus amigos, teria sido mais fácil um furo. A suspensão do autocarro partiu-se, eram exactamente 23h50 quando parámos no meio do NADA. Ficámos 7 horas, sem luz, com frio, sem conseguir dormir e a ouvir um barulho constante. Mas desenganem-se se acham que os tipos tentaram arranjar uma solução. Foram dormir! Take your time. O autocarro chegaria a Bagan de madrugada, chegámos ao meio-dia mais exaustas que tudo e voámos para a piscina.
Mais tarde assistimos ao pôr-do-sol num templo perto do hotel. Tinhamos lido que era um dos que tinha a vista mais bonita...nem por isso. Na entrada para o templo pagámos 15 dólares, explicaram-nos que era para a manutenção dos templos. Eu e a Synke não pagámos no Inle Lake porque chegámos a pé por isso não nos importámos de pagar o passe para Bagan (que dá para 5 dias). Todavia não acredito na história da manutenção. Quando descemos, crianças e mulheres rodearam-nos para que comprássemos alguma coisa. É bastante chato (sei que vou encontrar muito disto nos próximos países) me tentarem impingir pulseiras, caixas, estátuas, postais ou pinturas de areia. Estes dois últimos items eu compraria se não fossem crianças a vender. Mais tarde encontrei as tais pinturas de areia, não as comprei porque me pediram um preço absurdo, detesto que me façam de parva.
Quando estávamos a voltar para o hotel viémos por outra estrada, começou a escurecer rapidamente e não havia luz. Vinhamos a falar da vida até que a Tess pisa uma cobra. UMA COBRA. Começamos a ficar inquietas, pois estava escuro não se via nada e se havia uma cobra poderia haver mais. Decidimos mandar parar um táxi e voltar para o hotel de táxi. Uma mota parou e perguntámos se estavamos longe do nosso hotel, a rapariga disse-nos que não mas que teríamos de atravessar uns templos para chegar à outra estrada. Ainda não tinham passado cinco minutos quando pára um táxi e logo a seguir três motas. As motas eram da polícia turistica. Perguntaram-nos onde estavamos hospedadas e levaram-nos. Qual era a probabilidade de ao nos perdermos aparecerem exactamente três motas? Das duas uma ou os estrangeiros estão controlados a 100% ou tivemos sorte, não sei.
Mais tarde a Priscila apareceu para jantar connosco.
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Na manhã seguinte estavamos tão cansadas que não despertámos à hora que era suposto, acordámos mesmo em cima da hora e fomos em busca de um templo que desse para subir. Encontrámos mas a vista não era espectacular. Prometemos que na manhã seguinte não iamos facilitar. Voltámos para o hotel e estavamos a comentar como desejávamos um pequeno-almoço buffet, daqueles que se come à grande, quando lá chegámos era isso que nos esperava. Ovos, panquecas, arroz, torradas, fruta, queijo, café, cereais, noddles. O paraíso na terra. Comemos até rebentar, voltámos para a cama e mais tarde para a piscina. Estava demasiado calor para alugar bicicletas. A Tess foi embora nessa tarde, eu e Synke fomos à procura de um templo para ver o sunset. Acabámos no mesmo mas foi mais bonito. Sentámo-nos a aproveitar o momento, sem câmaras.
Como a Tess ia embora e a Priscila vinha comigo e com a Synke para Mandalay na noite seguinte decidimos manter a cama extra e convidá-la a juntar-se a nós. Na manhã seguinte mais um nascer do sol, este sim lindo de morrer. Acordámos por volta das 5h15 e alugámos bicicletas eléctricas. Fomos em busca de uns templos que a Synke tinha apontado como dos melhores para o momento. Que lugar incrivel. Vale a pena ter nascido para ter momentos destes. Juro-vos, foi tão emocionante, que as lágrimas caíram.
Não tenho mesmo palavras para descrever quão belo é. O sol, as cores, os templos, as palmeiras, os balões. É incrivelmente mágico. É um lugar para voltar, sem dúvida. Voltámos ao hotel, tomámos o melhor pequeno almoço de Myanmar, descansámos, arrumámos as malas e siga para os templos.
Nas bicicletas elétricas explorámos templos perdidos entre palmeiras, mosteiros e pagodas. Que manhã maravilhosa e até o tempo ajudou, o sol escondeu-se e havia uma brisa fresca.
Nas bicicletas elétricas explorámos templos perdidos entre palmeiras, mosteiros e pagodas. Que manhã maravilhosa e até o tempo ajudou, o sol escondeu-se e havia uma brisa fresca.
Mais tarde, antes de voltarmos ao hotel para ir buscar as malas e seguir para Mandalay, comprámos tanaka, aquela pasta que as birmanesas (e também birmaneses) usam na cara. Usam para se proteger do sol e para ficarem mais bonitas. O que é certo é que elas não têm problemas de pele.
UAU! Nem há palavras ao ver essas fotografias *
ResponderEliminarTão lindas as fotos dos balões!! :D
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